quarta-feira, 25 de novembro de 2009

"Pintar um clima"

Conforme prometido no post anterior, hoje colocarei aqui o texto Pintar um Clima, do Luís Fernando Veríssimo, traduzido (ou quase) para o espanhol. É longo, mas vale a pena. Vamos lá!

Pobrecitos de los traductores. Me pongo a pensar como álguien traduciria la frase pintar um clima del brasilero a otra lengua. Ni siquiera el sentido de la frase es traducible sin que pierda en espiritu y exactitud. "Se creó una inesperada atmósfera de atracción mutua" no es exactamente lo mismo. Clima, en este caso, aún se puede trasnportar con ele sentido casi intacto, pero pintar como sinónimo de aparecer u ocurrrir, sólo con un grán preámbulo explicativo. Pobres traductores.
Nosotros sabemos que la frase no significa sólo una súbta alteración "eróticoambiental" de expectativas entre dos o más personas. Tiene también una connotación demasiado fatal de algo sucediendo contra la voluntad y el mejor juicio de uno, de algo que no podría pintar, pero, diablos, pinta. Un sacerdote puede, mientras realiza un matrimonio, mirar la novia y listo, pintou um clima. El sacerdote se pierde mientras habla, tartamudea, se olvida lo que tiene que hacer. Se cae el anillo de la novia. Cuando los novios se van a besar, el sacerdote grita "No!". Consternación en la iglesia. El sacerdote tira lejos sus ornamientos, agarra la novia del brazo y los dos se ván corriendo de la iglesia. O entonces el clima se límita a aquel roce de miradas, el mejor juicio prevalece, la celebración se acaba y no pinta más nada.
El clima puede pintar en sitios y momentos poco convenientes. El Bituca se escapa por la banda de la cancha de fútbol con la pelota junto a los piés. Pasa a uno, después a otro. Va a lanzar un centro al area ya viene el zaguero Betón que entra con una zancadilla, pateando la pelota y Bituca juntos. Los dos se enriedan en el suelo. Y pinta um clima. Qué hacer? Ninguno de los dos es homosexual. Aquello nunca había ocurrido con ellos antes. Simplemente pintou um clima. Que no dura mucho, claro. El partido debe continuar. Por las dudas, al patearse el tiro de esquina, cuando el forcejeo en el area grande es comun, los dos se ponen muy lejos uno del otro.
No se puede inducir el clima. Perfumes, iluminación especial, poesía, pornografía, Mile Davis con sordina - nada crea el clima, cuando el clima no quiere pintar. Pero hay noticias del clima pintando en situaciones extremas, entre personas perdidas en la selva, unas con otras o con animales y plantas, y de la frase pintou um clima siendo aceptada como defensa en casos de adulterio y sexo con el amoblado. Nadie sabe exatamente lo que es (no la jerga, sino el fenómeno) pintar en este caso. Puede ser una reacción eletroquímica, puede ser metafísica, nadie lo sabe. Cuando pinta, pinta. El misterio de la atracción humana permanecerá para siempre un misterio. E intraducible.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Aula de Português!

Um dia desses, numa aula de português no colégio (como me incomoda falar que ainda estou no colégio...), lemos o conto As Cerejas, da Lygia Fagundes Telles. No conto há uma menina, a narradora, que se encanta com as cerejas do broche de sua tia, Olívia. De uma forma geral, o conto explicita a passagem da infância para a adolescência, que acontece através de um primeiro amor. É um texto bastante interessante e dá margem a uma discussão enorme, por conter diversos simbolismos e coisas do tipo. Mas não é exatamente sobre o conto que eu quero falar.
No mesmo dia, após constatarmos que era esse o tema principal do conto, fazermos uma discussão sobre ele, e depois uma prova escrita, minha amiga virou para mim e me disse algo como Sara, você tá fazendo o caminho contrário... Aquilo me soou tão impertinente, mas quando fui responder, percebi que não era de todo mentira. Nos últimos dias, ando parecendo uma garotinha apaixonada, daquelas que nunca gostaram de ninguém, nunca ficaram com ninguém, daquelas que nunca beijaram. Meu Deus! Não sei o que está acontecendo, mas que está divertido, ah, está! Então, analisando melhor o que minha amiga falou, não é que eu esteja realmente fazendo o caminho contrário, mas é como se eu houvesse voltado no tempo e estivesse experimentando sensações que já conheço como se fossem novas. Está realmente interessante essa fase. Haha!
Não estou muito empenhada em buscar explicações para tais atitudes, sensações, ou seja lá o que forem. Estou curtindo como se realmente fosse algo novo. Haha, está realmente divertido (eu sei, já disse isso, mas é que está mesmo!)

Nossa, esse post de hoje ficou parecendo uma página de diário. É isso que dá ficar quase uma semana sem postar. Mas o tempo está tão escasso que não sei quando volto a postar. Mas o próximo post será um texto do Luís Fernando Veríssimo, traduzido para o espanhol por mim e uma colega, na classe de conversação.
Que chique, um blog bilingue! (ah, tá! haha)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

El Día Perfecto

Después de una noche muy tranquila, me despertaría temprano para ir a la playa mirar el sol nacer. Con el día ya claro y después de una caminata en la arena, me bañaría en el mar. Una parada para beber un jugo de sandía antes de empezar un sendero por las montañas. Podría llegar a la cumbre y gritar, solo para oír el eco que haría mi grito. En el almuerzo, comería carnes, pastas, sushis, postres... todo lo que me gusta, sin preocuparme por si tuviera una indigestión. En seguida, una siesta abajo de un árbol muy grande. Viajaría a Maringá para ver a mis primos y a mi abuela, los extraño mucho. Miraría la puesta del sol antes de terminar el día perfecto en un fogón en la playa. Sería bueno...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A vida precisa continuar...

Recuperada (ou não) de uma explosão de raiva, estresse e cansaço, piorada pelos malditos hormônios, resolvi escrever aqui. Queria ter escrito ontem, mas ficaria algo muito pesado, então arrumei outra forma de me acalmar: fui ao cinema! Sozinha, mas fui! Assisti dois filmes, sem dar tempo para que lembranças ruins voltassem a assombrar meus pensamentos. Na viagem de volta pra casa, peguei meu livro e me enfiei em Macondo, fazendo companhia aos personagens da história. São essas as minhas formas preferidas de esquecer que existe o mundo, de fugir da realidade, ao menos por um período curto de tempo, para acalmar meus ânimos e não estourar por motivos banais (como ontem, por exemplo).
O pior de uma discussão não é a discussão em si, nem a raiva que ela traz, mas é o depois. É depois que passa que você olha pra trás, avalia bem como foi que tudo aconteceu, e percebe o quão idiota você foi. Não por ter ou não razão, mas por perder seu tempo, por estragar seu dia, com uma coisa tão ridícula, tão sem importância.
Estou cada vez mais cansada, mais estressada, cada vez querendo mais que o ano acabe logo, que essa rotina toda acabe logo... Já não aguento mais! E isso está me fazendo pirar... Estou com os nervos alterados, ando mais estourada do que já sou, e qualquer coisa é motivo pra surto. Que droga! E ainda olham para mim e falam algo como: nossa, eu não sei como você aguenta isso tudo sozinha... É, nem eu! Não que não tenha ninguém com quem contar, ou que esteja realmente sozinha, mas não tenho aquele alguém especial...
Mas essa rotina toda está acabando, faltam só mais algumas semanas, e tudo isso será passado. Algumas coisas deixarão saudade, outras darei graças a Deus por terem acabado. Espero terminar de atravessar a ponte logo...
E a vida continua, o tempo passa, as pessoas vêm e vão, e eu continuo vivendo... tentando, pelo menos!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Cada vez mais próximo...

Quando comecei a escrever aqui, havia me prometido que não falaria de vestibular, mas com tamanha proximidade, não há mais como escapar. Tudo a minha volta me remete ao dia 29 de novembro. Meus planos estão se baseando numa certeza que só existe dentro de mim, mas que poderá ser confirmada dia 22 de janeiro de 2010. Até lá, o jeito é estudar. Estava lendo um blog sobre a rotina de um vestibulando, e me senti um tanto quanto estranha. Voltou a pairar sobre minha mente aquele medo, aquela incerteza quanto ao meu esforço para ser aprovada. Minha recusa em passar um ano inteiro pensando apenas em vestibular, foi aumentando cada vez mais. Por momentos me "condenei" por não ser uma daquelas vestibulandas que passam o dia enfiadas nas apostilas, e só falam sobre o maldito vestibular (é, maldito mesmo!), mas minha confiança foi crescendo, por menos motivos que existissem para isso. Por mais que me digam (ou eu mesma pense) que não vai ser com esse ritmo que vou ser aprovada, ou por mais que minha mãe comente com minha avó que não serei aprovada, não vou mudar. Posso estar errada, mas não preciso provar aos outros que sou capaz. Não sou disciplinada, nem persistente, mas quando quero mesmo algo, consigo! E eu quero entrar na Universidade, então eu vou!