Passava horas lendo contos sobre o amor. Gastava seu tempo imaginando aqueles personagens. Ganhava tempo se imaginando como aqueles personagens. Sonhava com aqueles homens dos contos que lia, que ao invés de reis de contos de fada eram seres comuns, que a admiravam enquanto dormia. Ao invés de cavalos brancos, os homens que imaginava a encontravam a pé para uma caminhada num parque ao anoitecer. Ao invés dos castelos, seus sonhos se passavam em apartamentos aconchegantes, pequenos e só deles, onde podiam passear de moletom surrado e pés descalços. Encantava-se ao imaginar os bilhetinhos espalhados pela casa, cada um com uma declaração simples do amor que aquele homem dos sonhos sentia por ela. Fascinavam-lhe os elogios matinais, quando ainda estava descabelada e sonolenta. Imaginava as tardes de domingo regadas a vinho e ao som de vinis de Elis e Chico, as noites de bons filmes e ruídos casuais. Sonhava com o amor grande e simples, com a entrega, com os gestos (mais que com as palavras), com os momentos (mais que com as promessas). Podiam parecer sonhos pequenos, mas gostava deles por parecerem tão possíveis.
3 comentários:
lindo esse, flor...
queria que as meninas sonhassem assim, e não assado...
lindo, prima! doce como tem que ser! =D
a última frase é boa demaaaais
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