segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Acabou!

O que fazer quando já não resta nada? O que pensar quando todos os passos já foram dados? O que fazer quando a rotina já não existe? O que desejar quando já se tem todo o tempo? O que planejar quando os horários estão sobrando? Para quem ligar quando os dias parecem tão longos?
Quando tudo chega ao fim, parece que só resta um vazio. A saudade começa a tomar conta. Por menos importantes que fossem, as pessoas começam a fazer falta. Não significa que elas eram amigas ou que fizessem alguma diferença, mas elas eram parte de um conjunto que já não existe mais.
A diferença dessa vez, é que no ano seguinte tudo será novo. Tudo mesmo. As pessoas, os lugares, os interesses, as responsabilidades. Tudo novo. Uma nova etapa. Uma nova vida.
A espera pelo inicio dessa nova fase é o que aflige. A incerteza também. Pensar que todo o esforço pode não ter valido nada, pode ter sido todo em vão, angustia. A confiança é o que mantém os ânimos um pouco mais calmos. As distrações e a vontade de recuperar o tempo “perdido” são o que fazem esquecer, ainda que por curtos períodos de tempo, que nada está resolvido. Apesar de todos os passos terem sido dados, de tudo que precisava ser feito, ter sido feito (e relativamente bem feito), não há certeza alguma. As esperanças, o pensamento positivo, o apoio daqueles que realmente fazem a diferença foram, e ainda são, fundamentais nessa batalha que ainda demorará a ter um fim.
O pior mesmo é pensar que muitas das pessoas que passam pela vida de alguém, apenas passam. Muitas vezes, nem mesmo a lembrança faz diferença. Em outras é a saudade que toma conta e enche os olhos daquele que para e reflete sobre sua vida.
Espero, do fundo do meu coração, que não tenha sido em vão. Que as escolhas tenham sido as melhores possíveis. Que as decisões tenham sido acertadas. Que eu possa festejar e gritar bem alto, ainda que só para mim mesma: VALEU A PENA!!!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Vontade incansável

Por achar que seria diferente, ela esperou, procurou, esperou. Por não querer que fosse igual, ela tentou fazer diferente. Mas não adiantou. Ele partiu. Ela esperou encontrar, desejou rever, mas ele desapareceu. Quebrou-se uma esperança que ela desejava jamais revelar. Por menos que esperasse, ela se decepcionou. Ainda que soubesse as prováveis consequências, ela desejou seguir em frente. Mesmo com medo, tardiamente, ela se entregou. A intensidade para ela não depende do tempo. Ele não mostrou a ela um só motivo para querer tanto, mas sua mente criativa fez do menor gesto dele um pretexto para acreditar.
Ainda que seja sempre assim, ela sabe que será, continua esperando, continua acreditando, continua desejando, sempre as mesmas coisas. Talvez o que ela não saiba é que só é assim porque ela deseja que seja. Por mais inconsciente que seja esse desejo, espera, espera, e espera...